sexta-feira, 13 de março de 2009

Upgrades e adições

Finalmente arranjei algum tempo e paciência para montar o sistema da Aquatronica, bem como dar uma arrumação na área da Sump. As tomadas, a maior parte dos fios, o multi-controlador das Tunze e o CPU do Aquatronica está tudo colocado fora do móvel, numa " box" de madeira que fiz para o efeito, de modo a haver menos confusão, mais espaço livre aquando das manutenções e, como não podia deixar de ser, o aspecto limpo e arrumado que tanto prezo.

Em relação ao sistema da Aquatronica, não podia estar mais satisfeito com o seu funcionamento. Assim que perdemos um pouco de tempo a ler as instruções e a adaptarmo-nos aos programas e menus que o CPU corre, facilmente ficamos a perceber como tudo funciona e qual a melhor maneira de configurar o sistema ao nosso aquário. De momento, o Aquatronica faz-me uma leitura da temperatura através de uma sonda específica para o efeito, controla automaticamente o nível da água accionando o sistema de reposição assim que a bóia é activada pela evaporação da água e, o mais importante, controla uma módulo com três bombas doseadoras independentes que fornecem Cálcio, Magnésio, Estrôncio e Carbonatos através da Prima Line da Elos. É através deste método ( Método de Balling) que os macroelementos mais importantes para o metabolismo dos corais são adicionados ao sistema, substituindo assim o uso de reactor de kalk/reactor de cálcio. As razões pelas quais optei por este método, fugindo ao tradicional uso de reactores são várias:

- o equipamento que permite o doseamento automático é mais barato que a compra de reactor de cálcio + reactor de kalk
- há menos equipamento, mais espaço, menos confusão, menos manutenção
- possibilidade do aquariofilista fazer as suas próprias soluções, com as concentrações desejadas de modo a suprimir a demanda de nutrientes para o crescimentos dos corais, particularmente SPS; concentrações mais elevadas é sinónimo de soluções mais duradouras
- maior estabilidade nos parâmetros, evitando-se assim oscilações no pH e kH que são prejudiciais ao bem-estar dos SPS
- não há adição de CO2 que é típica no reactor de cálcio e que pode originar o aparecimento de algas
- não há adição de fosfatos ao aquário que vêm na media usada nos reactores de cálcio
- não há risco de haver durezas carbonatadas altas que aumentam a susceptibilidade dos corais ao RTN a longo prazo; não há precipitações que podem comprometer o bom funcionamento do material ( bombas, termostatos, etc)

No entanto, para se adoptar este método de um modo eficaz, é preciso ter em conta que devem ser feitos testes regulares de modo a percebermos quais os consumos do aquário em cada elemento que estamos a adicionar, servindo isso para darmos a informação precisa ao computador de modo a que este dosei-e as quantidades desejadas. As trocas de água também desempenham um papel importante quando se usa este método de adição de elementos, uma vez que a adição de compostos envolve duas situações: assimilação de alguns elementos por parte dos corais e acumulação de outros elementos no sistema. Para evitar um desiquilíbrio iónico e a consequente formação de NaCl ( sal) que inevitavelmente aumenta a salinidade da água do aquário, trocas de água semanais com a salinidade certa ou a remoção de água do aquário equivalente à que foi adicionada pelas bombas doseadoras e posterior adição de água de osmose na mesma proporção são duas medidas importantes e obrigatórias a tomar por quem optar por este método.

Fotos da área da Sump antes da instalação do Aquatronica:





Depois do sistema da Aquatronica montado e respectiva arrumação no interior/exterior da estrutura:




Entretanto, entraram mais alguns corais. O interesse por LPS do Género Acanthastrea tem vindo a aumentar e portanto adicionei mais duas espécies: Acanthastrea echinata e outra Acanthastrea lordhowensis ( esta última é um frag com apenas três pólipos e que ainda é difícil de fotografar). Este tipo de corais parece passar um pouco despercebido nas lojas mas é quando os colocamos no nosso aquário que a as suas cores sobressaiem. É por esta razão que ajuda bastante ter uma iluminação com vários espectros, de modo a tirarmos maior partido das cores e fluorescência dos corais.

Acanthastrea echinata









A primeira Acanthastrea: A. lordhowensis




Entraram também novos Zoanthus sp. para dar alguns apontamentos na rocha. São dos poucos corais moles que me fascinam pelas suas formas e mistura de cores bem delimitadas. É a perfeição ao mais alto nível.








2 comentários:

DaniReef disse...

The order in your sump is far far away from mine... I wish to be good as you!

My best compliments!

Danilo
www.DaniReef.com

André disse...

Danilo, thanks.
I like to have everything organized.
Aesthetics is very important for me.


Regards,
André