quarta-feira, 10 de março de 2010

Últimos dois meses - Parte II: Rebound

Infelizmente, a experiência com os NPS ( Non-Photossinthetic) teve de acabar porque alguns factores acabaram por inviabilizar o correcto desenvolvimento destes corais e a saúde geral do aquário. O primeiro factor inibitório foi a iluminação; manter estes corais com corais fotossintéticos não é algo aconselhado porque uns precisam de luz e os outros não; há, inclusivé, corais não-fotossintéticos que possuem fotoreceptores inibitórios do comportamento predatório e portanto quando a luz está acesa, estes corais estão mirrados, só abrindo para se alimentarem no período nocturno. Isto levou a que alguns corais não-fotossintéticos só mostrassem a sua beleza à noite. O outro grande factor negativo neste sistema foi o facto de não possuir um escumador à altura para uma alimentação tão activa. Alimentar corais não-fotossintéticos diáriamente de uma maneira tão pesada exige uma exportação de nutrientes igualmente agressiva e apesar de o MCE600 ser um bome escumador para este aquário, não conseguiu estar à altura da entrada de nutrientes que se fez sentir, nem mesmo com trocas de água duas vezes por semana de 20L. Aliando a luz ao excesso e acumulação de nutrientes, o resultado só podia ser um: algas. Infelizmente, não foram umas algas quaisquer. Seria de esperar o aparecimento de Filamentosas ou mesmo Cianobactérias mas infelizmente o que me apareceram foram Dinoflagelados.

Dinoflagelados são normalmente identificados como Phytoplankton flutuante e fotossintético, outros são organismos fotossintéticos simbióticos que residem dentro dos corais ( zooxanthelas), há ainda os que são parasitas de peixes e do homem e há os que são os Némesis dos aquários de água salgada que se traduzem por organismos fotossintéticos de cor verde, translúcidos, verde/amarelados ou cor de ferrugem que formam biofilmes que começam por pontos no areão/rochas/vidros/bombas e vão aumentando até formarem mantos compactos com bolhas de O2 presas derivadas da fotossíntese. Essas bolhas de O2 rompem o manto e elevam-se na coluna de água, arrastando consigo filamentos de microorganismos que quando soltos da colónia principal, viajam na coluna de água agarrados à bolha de O2 pra irem colonizar outras zonas do aquário, até cobrirem todo o que aí se encontra dentro ( corais inclusivé ao ponto de asfixiamento). A cor dos dinoflagelados que me apareceram foram cor de ferrugem. A areia ficou completamente ferrugenta. Umas das particularidades dos Dinoflagelados é que enquanto têm luz, proliferam a um ritmo impressionante ao ponto de cobrirem tudo o que está dentro do aquário numa questão de hoas mas na escuridão total, praticamente que desaparecem. Depois de experimentar vários métodos para as controlar e erradicar durante quase um mês e meio, através do controlo e exportação da carga orgânica e detritos acumulados, consegui finalmente equilibrar o aquário com a consequente erradicação das algas. Infelizmente, os corais não-fotossintéticos tiveram de sair porque parei de os alimentar na sequência de controlar os Dinoflagelados e sem alimento iriam, naturalmente, definhar.

Assim, voltei ao objectivo traçado de início para este aquário que é manter apenas corais moles e LPS. Neste momento, o aquário já se encontra cheio com este tipo de corais e portanto resta apenas deixar crescer, maturar. Nas últimas duas semanas, tenho apenas reforçado o stock de peixes e invertebrados para dar um pouco de mais movimento e pormenor ao aquário.


3 comentários:

DaniReef disse...

Great shots, as usual, a bit to dark this time anyway...

My best compliments for your tank, I like it so much!

Danilo
www.DaniReef.com

Luuuuuua disse...

fantastice fotografi,felicitari

André disse...

Hello,

Danilo, thanks. Yes, you are right. I was experimenting taking photos with higher aperture. That´s why they are darker. Unfortunately, this tank has been dismantled. I only have the 300L now.:)

Lua, thank you.