terça-feira, 29 de setembro de 2009

Review: Epoxy ELOS TAK

Depois de experimentar alguns epoxys disponíveis no mercado no que diz respeito à colagem de corais e bases/pedras à rocha dentro do aquário, achei por bem fazer um pequeno review daquele que considero ser um dos melhores produtos disponíveis nesta categoria e aquele que estou a usar de momento.

ELOS TAK é um epoxy constituído por dois componentes ( como todos os epoxys/puttys) com a particularidade de vir numa forma cilíndrica única em que os dois componentes estão colocados em paralelo e justapostos. Este posicionamento de ambos os constituintes traz vantagens: torna-se mais fácil no que toca à distribuição das quantidades de cada componente uma vez que o componente exterior rodeia o componente interior em toda a sua extensão, pelo que quando se corta um pedaço de um, obrigatoriamente se corta um pedaço igual do outro componente; contribui para a facilidade na obtenção de uma mistura consistente e homogénea, sendo ambas características importantes antes de se poder aplicar o epoxy propriamente dito num ambiente aquoso.



O putty exteriror vem acondicionado em toda a sua extensão num plástico fino que mantém a forma cilíndrica do material, impede que este se cole ou se colem objectos indesejados e partículas de sujidade no material e em cada extremidade, vem igualmente com um selo de proteção. Ambos podem servir para voltar a cobrir o putty externo depois de se usar, restaurando a sua proteção. Para prevenir de choques mecânicos, manter a integridade do material e, de um modo geral, servir como primeira linha de defesa, o cilindro está contido num tubo de ensaio de acrílico transparente.






Pormenor do selo e invólucro de plástico em toda a extensão do cilindro

Na altura de usar, deve-se cortar a quantidade desejada com um x-acto ou uma lâmina de modo a se obter um corte limpo sem esmagar os componentes um contra o outro, evitando assim a mistura dos mesmos. Convem igualmente manter o invólucro de plástico intacto para posterior acondicionamento. O componente externo ( Putty externo) tem uma coloração verde e uma consistência mais forte. É o que confere a forma do cilindro ao mesmo tempo que facilita na hora de se misturar com o componente interno ( Putty interno). Este é branco e é mais mole, mais maleável. É também o que suja mais as mãos, ao contrário do Putty externo.




Quantidades idênticas para uma mistura mais homogénea



Cortada a quantidade desejada, procede-se à mistura dos componentes através de uma leve pressão entre os dedos, promovendo o contacto entre todo o Putty externo e Putty interno até se alcançar uma massa homogénea em cor e consistência ( massa totalmente branca e mole). O tempo de presa ( tempo que demora a endurecer totalmente no exterior) desde a fase de massa branca mole até à fase de massa branca dura é cerca de 2.30 minutos. Esta é uma excelente característica pois dá tempo suficiente para a colagem de um ou mais corais sem a condicionante de ter que se ficar a segurar o coral durante muito tempo no caso de peças pesadas ou zonas íngremes da rocha. É importante salientar que o produto final da mistura dos dois Puttys é bastante forte quando endurece externamente pelo que não é necessário aplicar grandes quantidades de epoxy para se conseguir a fixação do objecto a colar.




Uma bola de massa branca do tamanho de uma unha dá-me, normalmente,
para colar dois frags de corais mesmo em zonas íngremes da rocha


Outro grande ponto a favor deste material é que não se desfaz dentro de água, provocando a turvez característica de quando se colam vários corais ao mesmo tempo. Assim que a água entra em contacto com o material, há uma promoção do endurecimento da fina camada externa enquanto a camada interna se mantém maleável, impedindo que o epoxy se desfaça ao mesmo tempo que facilita a moldagem do material às superfícies a colar. Terminada a sessão de colagem, volta-se a cobrir a extremidade do cilindro com o plástico que o reveste ( com a remoção de material, o plástico, por si só, é suficiente para cobrir completamente o material) que por sua vez, volta para dentro do cilindro para um melhor acondicionamento.






Boas colagens!

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